Nos últimos meses, crimes cibernéticos em empresas brasileiras e internacionais têm chamado a atenção, com notícias sobre ataques sofridos pela Google, Amazon e Cloudware, pelo aeroporto de Guarulhos e pelo porto de Nagoya, no Japão. Sobre estes incidentes, o aeroporto de Guarulhos declarou não ter havido qualquer impacto em suas operações, ao passo que o Google considerou o ataque atual como “o maior da história”, relatando que ele está em curso desde o mês de agosto. Já o maior porto do Japão ficou impedido de receber contêineres por dois dias devido ao ataque.
Ataques cibernéticos envolvem qualquer tentativa de acessar, sem permissão, uma rede de computadores, seja para roubar dados ou alterar o sistema, o que pode representar um alto risco para as companhias.
Em 2022, o Brasil registrou mais de 100 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, com o phishing (tipo de ataque que dissemina um vírus por e-mail) sendo a principal forma de condução desse tipo de crime. Os ataques cibernéticos no Brasil são 30% do total registrado em toda a América Latina e Caribe, segundo informações repercutidas pelo Jornal da USP (Universidade de São Paulo). A relevância deste assunto se evidencia pelo fato de que, em abril deste ano, o Brasil promulgou a Convenção sobre o Crime Cibernético, estabelecida em Budapeste, em novembro de 2001 - o texto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 2021.
Felipe Guimarães é head de vendas e marketing da Samsung SDS e explica que o nível de impacto dos ataques cibernéticos às atividades de uma companhia varia de acordo com a complexidade do sistema de gerenciamento da segurança que ela possui. Ele cita, neste sentido, a plataforma Samsung Knox, “que oferece uma proteção end-to-end e garante segurança e controle total por parte dos encarregados de TI”. A interface, prossegue ele, “faz a gestão remota de todo o parque instalado de devices enquanto assegura a proteção dos dados, integridade do sistema operacional e facilita toda parte de configuração e customização das informações da empresa.”
A Samsung Knox é uma plataforma lançada em 2013 que atualmente está instalada em aproximadamente 1 bilhão de dispositivos Samsung. Em torno de 30 mil empresas usam a ferramenta, que funciona protegendo os dispositivos das organizações contra fraudes e roubos, evitando os ataques cibernéticos.
A plataforma unifica uma série de recursos de segurança, ajudando os usuários a monitorar possíveis ameaças. Além disso, ela otimiza funcionalidades como autorizações de acesso a recursos e controles de permissão a arquivos e aplicativos que possam reunir informações sensíveis, como os softwares financeiros.
Com as soluções Knox, por exemplo, em todas as camadas dos dispositivos Samsung Galaxy, é garantido que dados confidenciais e sigilosos permaneçam seguros, não importa o local. “Todo o dispositivo é protegido de dentro para fora e em tempo real”, afirma Guimarães.
Outros pontos destacados pelo executivo são a questão do gerenciamento de endpoint unificado e a proteção contra fraude e roubo, bem como a manutenção do controle dos ativos de dispositivos móveis que estão fora do seu alcance.
Neste contexto, o uso de dispositivos móveis conectados nos sistemas das empresas é um fator que torna a segurança cibernética um pouco mais complexa, explica Guimarães. “São mais pontos vulneráveis necessitando de proteção”, acrescentando que “as empresas devem buscar uma solução que permita que os gerentes de TI corporativa gerenciem, analisem e protejam facilmente dispositivos móveis para uso comercial, enquanto mantêm os usuários do dispositivo protegidos e produtivos”.